sábado, 29 de janeiro de 2011

Boletim Informativo Nº 6





LIZARD CANÁRIO CLUBE DE PORTUGAL
BOLETIM INFORMATIVO Nº 6 - Dezembro/2010


INTRODUÇÃO

Estranharam os mais atentos da falta do Boletim Informativo do LCCP. Como foi explicado a algumas pessoas que entraram em contacto connosco, tal facto deveu-se ao período das Exposições dos Clubes, em que nós participamos activamente, quer auxiliando, quer classificando, em muitos casos no estrangeiro.
Decidiu-se no entanto que este Boletim passaria a ser elaborado de dois em dois meses.
Neste período, no passado mês de Novembro, realizou-se a Exposição do LCCP, facto que aqui damos alguma importância, mostrando a todos algumas fotos do evento. Congratulamo-nos com a qualidade das aves apresentada, facto realçado pelo Juíz internacional Giulianno Passignani, classificador das aves.

Sumário

1 – 3ª ExpoShow do LCCP
2 – Rowings ou Desenho do peito no Lizard
3 – Sabia que…
4 – A doença que mais canários mata - Colibacilose




Os textos são da autoria de:
Carlos Lima - Presidente do LCCP, Juiz de Canários de Porte CNJ/OMJ e Juiz de Canários de Cor CNJ
Luis Filipe Vilas Boas - Juiz de Canários de Porte CTJ/OMJ 
Luis Morais - Tradução para Espanhol.

  1 – 3ª EXPOSHOW DO LCCP
Realizou-se no passado mês de Novembro mais uma Exposição do LCCP com a denominação de 3ª Exposhow, conjuntamente com a Exposição do Clube de Ornitologia Almadense.
Estiveram a concurso cerca de 175 aves, pertencentes a mais de uma dezena de criadores, julgadas pelo Juíz Internacional italiano Giuliano Passignani.
Mais uma vez ficou bem patente a qualidade das aves apresentadas, ficando esta bem demonstrada pelas pontuações finais.
Por tudo isto, a Direcção do LCCP orgulha-se de mais uma vez poder dizer que a sua Exposição foi um êxito.
Ficam aqui algumas fotos para aqueles que não puderam estar presentes.


2 - Rowings ou Desenho do peito

Desenho do peito
(Rowings)
10
Como o desenho dorsal, embora ligeiramente mais atenuado e mais largo, mas permanecendo bem visível e alinhado, aumentando gradualmente de tamanho em direcção ao ventre e aos flancos.


De acordo com as normas da COM/OMJ esta rubrica na ficha de julgamento do canário Lizard te uma pontuação de 10 pontos.
Como todos sabemos o canário Lizard apresenta dimorfismo sexual (há diferenças fenotipicas entre os machos e fêmeas, mesmo que pequenas) sendo as fêmeas mais marcadas no peito, com maior relevância nos prateados.
O desenho do peito é ligeiramente mais atenuado e mais largo, mas permanece bem visível, alinhado, aumentando de tamanho (o desenho) em direcção ao ventre e flancos.

Para os rowings (desenho do peito) estarem em evidência é necessária uma óptima marcação, sendo predominante a eumelanina negra nas marcações do peito (melanina de marcação) onde vai consentir o realce da cor de fundo.

Todos sabemos que se a eumelanina castanha for muito visível teremos um Lizard com o desenho não alinhado, confundindo-se com a cor de fundo.
Os rowings não têm a nitidez dos spangles (desenho dorsal) pois isso tem a ver com as diferentes estruturas das penas (plumagem). A textura das penas de cobertura do dorso são mais apertadas, compactas e mais consistentes sendo as restantes mais soltas.
O desenho dorsal é formado por linhas de marcação em forma de meias-luas alinhadas, enquanto o desenho do peito é formado por linhas de marcação em forma de triângulos.
O desenho peitoral surge em maior evidência nos Lizard Prateados principalmente nas fêmeas (dimorfismo sexual mais evidente). Quanto aos Dourados, por serem intensivos, as marcações por norma aparecem nos flancos (fêmeas) e abrangendo o peito mas sempre menos nítidas nos machos devido à intensidade da respectiva cor de fundo (lipocromos).
 O criador para conseguir melhorar as marcações peitorais, tanto nos machos como nas fêmeas, tem ao longo dos anos que praticar uma selecção atenta, rigorosa, que terá em conta a cor negra (eumelanina negra) do desenho das aves a acasalar e desempenhando um papel importante na qualidade da plumagem.
Tudo o que foi referido são bases de trabalho para melhorar as marcações do peito dos nossos canários Lizard, tendo estas a sua maior expressão desde que tenham uma boa forma, um peito cheio sem apresentar sinais de gordura.
Por último a selecção criteriosa auxiliada pelo factor genético das aves, chegamos ao ambicionado ( os rowings) com evidência seja nos machos ou nas fêmeas.
Para finalizar existem três tipos de modelo para conseguir uma boa selecção:
1-        Selecção da massa fenotipica: dentro dos vários canários que o criador dispõe escolhe-se o melhor, o que apresentar as melhores marcações peitorais (rowings) o que pode ser feito por um simples golpe de vista. Em caso de dificuldade pedir ajuda a um criador experiente.
2-        Selecção genética: esta é sem dúvida a mais trabalhosa e difícil, pois não tem efeitos imediatos. Temos de verificar se os acasalamentos que planeamos resultam nos anos seguintes ao iniciarmos nova época de criações com a transmissão dos genes por parte dos progenitores à sua prole (filhos). Verificar se o desenho peitoral teve melhoramentos, caso estas características não são de imediato passadas é importante recorrer à consanguinidade único método de gerar um plantel de alto valor genético. Por isso temos de utilizar o reprodutor (macho) com duas ou três (fêmeas) de linhagens diversas mas com características devidamente fixadas.
      3- Selecção complementar: tem como finalidade indicar uma selecção tendo em vista determinados parâmetros a saber:
·         Boa saúde
·         Temperamento calmo
·         Robustez física
·         Plumagem de alta qualidade
·         Muda rápida e completa



3 - Sabia que…

·         Antes da primeira muda, o Lizard apresenta-se como um canário verde, sem qualquer espectacularidade. A muda inicia-se após 8 semanas do nascimento, desenvolvendo-se rapidamente estando os jovens canários prontos a serem vistos nas exposições ao fim de 4 a 5 meses de vida.
·         As características ideais de um casal, passa por ter um bom desenho dorsal, boa forma e uma plumagem curta, brilhante e sedosa, de preferência com a eumelanina negra bem evidente, o que uma boa cor de fundo vai ajudar a realçar essa virtude.
·         As fêmeas têm enorme importância na forma dos jovens Lizards, contribuindo decisivamente para uma boa harmonia.
·         Um macho Dourado (intenso) com óptimo desenho dorsal e de plumagem curta, deve ser acasalado com uma fêmea Prateada, com um óptimo desenho peitoral, boa forma, mas com efeitos ligeiros ou decadentes no desenho dorsal.
·         Os acasalamentos podem ser efectuados, entre pai x filha ou mãe x filho, mas nunca entre irmãos (consanguinidade directa).
·         O acasalamento entre irmãos é positivo para fixação do património genético dos progenitores (consanguinidade indirecta)
·         Os Lizards com um tamanho superior a 12,5 cm apresentam melhor forma no seu corpo e a cabeça mais redonda, exprimindo assim uma melhor marcação dos flancos, tanto nos machos como nas fêmeas.
·         O pó obtido da planta Fallopia Auberti (Poligonum) é utilizado para melhorar a oxidação do bico e patas. A sua comercialização é feita com o nome de Kuoterichpulver e pode ser também utilizado nos canários negros.


4 - A doença que mais canários mata (colibacilose)

Creio que ao iniciar este artigo não cometo erro em afirmar categoricamente que a doença que causa mais perdas dos canários recém-nascidos durante a época de criação, é a colibacilose, principalmente porque esta doença actua nos jovens canários entre os 3 e os 10 dias de vida.
Esta doença é causada por uma bactéria pequena e curta denominada Echericheia Coli ou Coli Comuni, cujo desenvolvimento é enorme e a sua resistência é extraordinária, tanto às temperaturas baixas como muito elevadas (de 1 a 40 graus). Esta bactéria tem mais de 150 pequenas variações (sorotipos) e instalam-se na mucosa intestinal.
A Colibacilose tem três formas distintas de actuação:
·         Aguda
·         Subaguda
·         Crónica

É sobre a colibacilose aguda que vamos tratar, pois é esta forma de doença que aparece nas nossas criações de canários, e que me levou a debruçar, procurando desta forma poder contribuir para que os amantes da canaricultura em geral possam alcançar bons resultados na época reprodutiva.
A transmissão da doença pode ser de pais para filhos, já na formação do ovo ou de ave para ave. A água, fezes e alimentos podem estar contaminados e podem ser meios de contaminação. Em espaços mais pequenos e contaminados podem transmitir a doença a outras aves. Todas as aves são alvo desta doença sendo as mais debilitadas as primeiras e mais atacadas.
O primeiro sintoma visível da doença caracteriza-se, quando aparentemente os reprodutores (macho ou fêmea) pretendem alimentar os filhotes e estes não têm forças para receber os alimentos e acabam por morrer à fome. Se bem que não é verdade que seja negligencia dos pais, pois os filhotes estão afectados pela doença e não duram mais de 12 a 48 horas. Podem apresentar inflamações do aparelho respiratório (nos sacos aéreos) e principalmente no abdómen (normalmente, é possível observar manchas amareladas no interior do abdómen)
Os cadáveres dos jovens canários apresentam um aspecto congestivo, septicemio, observando-se hemorragias cutâneas que na linguagem do criador é norma dizer-se que as crias apresentam as penas do peito molhadas. É este o sintoma da colibacilose na sua forma aguda.
Assim e após alguns anos de experiências e de consultas em diversa revistas da especialidade passo a escrever o método usado nos meus canários durante as criações para combater a doença, muito embora não seja eficaz a 100% mas atenua a mortalidade e ao mesmo tempo estimula o instinto dos reprodutores em alimentar os seus filhotes
TRATAMENTO:
O melhor tratamento é a prevenção da doença. Procurar manter ao aves sempre bem alimentadas com uma alimentação rica e variada, as gaiolas e as restantes instalações sempre em boas condições de higiene, e o uso regular de pré-bioticos e pró-bioticos.
-  Administrar durante os primeiros 10 dias desde o dia anterior ao seu nascimento dos jovens canários, uma associação de antibióticos misturados na papa:
Estreptomicina – Clorofenicol e Ferramicina adicionando-se vitaminas com complexo B
-  Durante os primeiros 8 dias de vida dos canários, juntar na água uma pequena dose de vitaminas com complexo B, tendo em vista uma melhoria da flora intestinal.
DOSAGEM A EMPREGAR:
Utiliza-se 1g de antibiótico para cada meio litro de agua, com a qual se humedece a papa de criação ou então um 1g de antibiótico para cada 200g de papa de criação se o criador utiliza a papa seca ou húmida.

Nota: Entretanto com a evolução da canaricultura, já existem no mercado produtos devidamente preparados para combater a Colibacilose e que vem facilitar as dosagens.
Segundo os últimos estudos a fosfomicina tem-se mostrado bastante eficiente no combate a esta doença.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Boletim Informativo Nº 5

 LIZARD CANÁRIO CLUBE DE PORTUGAL
BOLETIM INFORMATIVO Nº 5 - Setembro/2010

INTRODUÇÃO

O LCCP orgulha-se de ter sido um dos primeiros Clubes temáticos do canário Lizard a apresentar o aumento do tamanho do Lizard como uma evolução natural da raça. Esta alteração foi agora aprovada pela Lizard Canary Association of Great Britain como se descreve neste número.
Neste Boletim Informativo damos inicio a duas novas rubricas que se pretendem ser de utilidade para os criadores:
A primeira tem a haver com a preparação dos nossos canários para o ciclo reprodutivo. Pretendemos trazer aqui vários métodos de preparação usados por vários criadores.
A segunda é uma rubrica tem o nome de “Sabia que…” e contém pequenas informações ou curiosidades acerca das aves e sua criação, mas que são  importantes para a nossa cultura ornitológica.


Sumário

1 – O tamanho do Lizard
2 – O Lizard e as suas novas mutações
3 – 3ª Expo Show do LCCP
4 – Método de preparar os reprodutores para a criação
5 – Sabia que …
Os textos são da autoria de:
Carlos Lima - Presidente do LCCP, Juiz de Canários de Porte CNJ/OMJ e Juiz de Canários de Cor CNJ
Luis Filipe Vilas Boas - Juiz de Canários de Porte CTJ/OMJ 
Luis Morais - Tradução para Espanhol.


  1 - O TAMANHO DO LIZARD
O LCCP apresentou na altura do Campeonato do Mundo realizado em Itália (Piacensa) 2009, um trabalho para discussão no seio dos Clubes Europeus do canário Lizard, denominado “O Lizard Moderno”.
Dois dos temas eram o Lizard Azul e o seu enquadramento como uma classe própria em pé de igualdade com os Dourados e Prateados.
O outro tema versava o tamanho, que passamos a descrever: ”Pensamos que o seu tamanho deve passar para os 13,5 cm ou seja, idêntico ao canário de cor, tornando-o mais harmonioso e elegante beneficiando o seu desenho dorsal (Spangles) e o peitoral (Rowings) realçando também a sua cor de fundo.
Foi com enorme satisfação e orgulho que o LCCP sendo um clube temático com apenas 3 anos, tenha alcançado prestígio e reconhecimento além fronteiras pelo trabalho desenvolvido.
Mais uma reivindicação conseguida e finalmente a Inglaterra, país de origem do nosso Lizard, aceitasse esta sugestão. Assim o Lizard passa a ter 13,5 cm tamanho o que o torna mais belo e imponente beneficiando a sua forma, evidenciando o seu corpo bem arredondado e não esguio, sendo o seu peito cheio e ligeiramente curvado partindo do bico até ao baixo-ventre.
A forma por nós entendida passa por melhorar a beleza do Lizard tradicional que era um canário comprido e estreito devendo agora apresentar uma cabeça larga e redonda como a do canário de cor, bico curto e cónico na base, olhos brilhantes e bem centrados sendo o dorso largo e bem proporcionado, peito saliente mas harmonioso e as asas bem aderentes e fechadas sem se cruzarem nas extremidades na base da cauda.

Esta alteração foi comunicada aos clubes temáticos pelo LIZARD CANARY ASSOCIATION OF GREAT BRITAIN OFFICIAL SHOW STANDARD e posteriormente publicada na revista Italiana ALCEDO.
No entanto e para as nossas Exposições, o tamanho do canário Lizard mantém-se nos actuais 12,5cm. Esta alteração só entrará em vigor quando os representantes britânicos apresentarem a proposta de alteração em reunião de experts da C.O.M. e esta ser aprovada.

2 - O LIZARD E AS SUAS NOVAS MUTAÇÕES
Alegam os britânicos (detentores da raça Lizard), e com alguma razão que as mutações de cor no canário Lizard são uma degeneração do verdadeiro canário Lagarto. Isto porque o Lizard é um canário oxidado sendo uma das suas características o bico e a patas negras, o que acontece com as suas actuais variedades (Dourado, Prateado e Azul).
Lizard Ágata – Possui um desenho dorsal perfeito e belo, no entanto o bico e as patas mantém as características dos ágatas clássicos e são claros.
Lizars Castanho – Com fundo branco ou amarelo. A cor negra do desenho dorsal (Spangles) é substituída pelo pigmento castanho. O desenho dorsal é perfeito e muito belo. Bico e patas de cor clara.
Lizard Isabel – Com fundo branco e amarelo. O desenho dorsal é mais diluído, ligeiramente visível. Bico e patas de cor clara.
Lizard Negro (Bronze) – Irá ser o mais espectacular pois apresenta um contraste de um pigmento negro do desenho dorsal sobre a cor de fundo vermelha. Bico e patas são totalmente negros cuja fixação será de origem genética, isto é, sem necessitar de uma alimentação específica bem como a exposição aos raios solares. Pensamos que esta variedade é o caminho mais certo para obtenção do canário Lizard completamente oxidado, não pondo assim em causa as características raciais.
Lizard Satiné ou Pérola – Pela combinação de dois factores castanhos positivos (um dos quais é Satiné), é produzido um canário de olhos vermelhos, apresentando pintas castanhas ou traços onde a eumelanina preta aparece. Apresenta o desenho do Lizard e o factor de olhos vermelhos do satiné. No peito (Rowings) a marcação típica do Lizard produzindo um efeito excepcional, devido à Feomelanina muito acentuada, aparecendo esta característica apenas após a 1º muda. Como o Lizard normal, após a 2º muda a qualidade da plumagem diminui e aparecem os defeitos característicos da raça, como conseguir então esta variedade? Sendo o canário Lizard recessivo, a transmissão da hereditariedade é idêntica à do e branco recessivo, Opala, Feo, Ónix e Cobalto devemos iniciar com os seguintes acasalamentos:

1º ANO
1 - Macho Satiné x Fêmea Lizard
      Machos verdes / Satiné castanho / Lizard
      Fêmeas Satiné castanho / Lizard
Nota: Os primeiros dois factores estão situados em genes separados no cromossoma sexual (ligado ao sexo), ao passo que, o factor Lizard está num gene recessivo de um dos cromossomas autossómicos. Este cruzamento deveria ser levado a efeito pelo criador com dois casais. Assim os jovens machos de um casal poderiam ser cruzados com as jovens fêmeas do outro casal.

2 – Macho Lizard x Fêmea Satiné Castanha
      Machos Verdes / Satiné Castanho / Lizard
      Fêmeas Verdes / Satiné Castanha / Lizard

2º ANO
Macho Verde/Castanho Satiné/Lizard x Fêmea Satiné Castanho/Lizard
      Machos: Verde / Castanho / Satiné
                         Verde / Castanho / Satiné / Lizard
                         Verde Satiné / Castanho
                         Verde Satiné / Castanho / Lizard
                         Verde Lizard / Castanho Satiné
                         Verde satiné Lizard / Castanho
                         Castanho / Satiné
                         Castanho / Satiné / Lizard
                         Castanho Satiné
                         Castanho Satiné / Lizard
                         Castanho Lizard / Satiné
                         Castanho Satiné / Lizard ou Pérola


      Fêmeas: Verde
                         Verde / Lizard
                         Verde Lizard
                         Verde Satiné
                         Verde Satiné / Lizard
                         Verde Satiné Lizard
                         Castanha
                         Castanha / Lizard
                         Castanha Satiné
                         Castanha Satiné / Lizard
                         Castanha Lizard
                         Castanha Satiné Lizard ou Pérola
Com estes resultados e através da aplicação da genética podemos verificar o resultado de 1 a 12 jovens canários machos (o nº 12) e 1 a 12 de jovens fêmeas igualmente a nº 12 são hipotéticos canários Pérolas ou Satiné Castanho Lizard, que tantos procuramos.

3º ANO
1º – Macho Pérola x Fêmea Pérola
         100% de Jovens pérolas
2º – Macho pérola x Fêmea Lizard Castanho
         Machos Lizard / Satiné
         Fêmeas Pérolas
3º - Macho Lizard Castanho/Satiné x Fêmea Pérola
         Machos Lizard Castanho / Satiné / Pérola
         Fêmeas Lizard Castanho / Pérolas
4º - Macho Lizard Castanho/Satiné x Fêmea Lizard Castanho
         Machos Lizard Castanho
         Machos Lizard Castanho / Satiné
         Fêmeas Lizard Castanho
         Fêmeas Lizard Pérolas

Estes cruzamentos agora descritos foram pensados e realizados nos anos 90 por diversos criadores europeus e por mim próprio. Este projecto foi abandonado pelas razões já referidas: Desenho dorsal, remiges e rectizes devem ser o mais negro possível e não castanho devido à introdução da feomelinana. Bico, patas e unhas deixam de ser negras, devido ao factor genético do Satiné Castanho ser um factor de diluição. Assim e pelas alterações introduzidas, a raça sofre uma modificação numa das suas principais características (a oxidação).


3 - 3ª EXPO SHOW DO LIZARD CANARIO CLUBE DE PORTUGAL
O LCCP vai levar a cabo a sua Exposição anual denominada 3º Expo Show do Lizard Clube. Este evento, como é hábito, estará integrado na Exposição do Clube de Ornitologia Almadense e decorrerá paralelamente. A Exposição terá lugar no Pavilhão do Clube Recreativo do Feijó e as aves serão classificada s pelo Juiz Internacional Italiano Juliano Passignani.
Assim informamos a todos os interessados (sejam sócios ou não) que queiram participar neste evento, o Programa e as Classes a concurso.
PRGRAMA:
07/11/2010 – Entrega das aves das 09H00 às 19H00.
08/11/2010 – Julgamentos.
09/11/2010 – Julgamentos.
12/11/2010 – Inauguração às 18H00.
12/11/2010 – Abertura ao Público às 18H30. Encerramento às 22H00.
13/11/2010 – Abertura ao Público às 10H00. Encerramento às 22H00.
14/11/2010 – Abertura ao Público às 10H00. Encerramento às 17H30.
14/11/2010 – Entrega das aves aos criadores a partir das 18H00.

CLASSES:
1A Individual Dourado Coroa Perfeita ou Quasi Perfeita
1B Equipa Dourado Coroa Perfeita ou Quasi Perfeita
2A Individual Dourado Coroa Imperfeita
2B Equipa Dourado Coroa Imperfeita
3A Individual Dourado Sem Coroa ou Quasi Sem Coroa
3B Equipa Dourado Sem Coroa ou Quasi Sem Coroa
4A Individual Prateado Coroa Perfeita ou Quasi Perfeita
4B Equipa Coroa Perfeita ou Quasi Perfeita
5A Individual Prateado Coroa Imperfeita
5B Equipa Prateado Coroa Imperfeita
6A Individual Prateado Sem Coroa ou Quasi Sem Coroa
6B Equipa Prateado Sem Coroa ou Quasi Sem Coroa
7A Individual Azul Coroa Perfeita ou Quasi Perfeita
7B Equipa Azul Coroa Perfeita ou Quasi Perfeita
8A Individual Azul Coroa Imperfeita
8B Equipa Azul Coroa Imperfeita
9A Individual Azul Sem Coroa ou Quasi Sem Coroa
9B Equipa Azul Sem Coroa ou Quasi Sem Coroa

Prémios Especiais
Melhor Lizard Dourado
Melhor Lizard Prateado
Melhor Lizard Azul
Melhor Lizard a Concurso –Best Show

A todos os interessados em participar ou para qualquer tipo de esclarecimento, devem entrar em contacto com Carlos Lima, Telemóvel : + 351 936 594 576 ou + 351 210 879 030 ou ainda através do e-mail: lima.mosaico@gmail.com


4 - MÉTODO DE PREPARAR OS REPORODUTORES PARA A CRIAÇÃO
DE JOSÉ GONÇALVES – LEIRIA
Como é sabido, antes das criações devem-se preparar os reprodutores para que estes estejam em perfeitas condições de saúde. O grande objectivo é o de evitar o uso de medicamentos durante esta fase, não prejudicando assim o desempenho dos pais e para as crias nascerem com a máxima força possível. Normalmente uma boa preparação é o primeiro passo para um ano de sucesso nas criações.
Cada laboratório apresenta o seu método utilizando em exclusivo os seus produtos, sendo de uma forma geral, semelhantes. É importante que os criadores tenham consciência de que não há nenhum método perfeito e que este varia de criador para criador (porque as condições das instalações são diferentes entre elas, assim como as aves a preparar), sendo o papel do criador saber qual o que melhor se pode ajustar às suas aves nas suas instalações.
 Assim iremos divulgar ao longo dos próximos Boletins Informativos vários métodos usados por alguns criadores, utilizando produtos provenientes de laboratórios diferentes. Hoje iremos descrever o método usado pelo José Gonçalves da cidade de Leiria (Campeão Nacional de Canários Vermelho Mosaico).

1º Dia – Desparasitar com CC Vermes 10 ml ou duas colheres de chá por cada litro de água.
                   Repetir de 2 em 2 meses.
2º e 3º Dia  -  Vitaminas e aminoácidos PRO-HEPATIC. 1 a 3 ml por cada litro de água.
4º e 5º Dia – Probióticos BIO SAC. 1 colher de chá por cada litro de água.
Do 6º ao 11º Dia – Antibiótico para combater as salmonelas e coccidioses. SULFAPRIM 2,5g a 3g por cada litro de água.
12º Dia – Multivitaminas.
Do 15º ao 18º Dia - Probióticos BIO SAC. 1 colher de chá por cada litro de água.
Do ao 21º Dia - Vitaminas e aminoácidos PRIO-HEPATIC. 1 a 3 ml por cada litro de água.19º


5 - SABIA QUE …
§  … a TURFA NEGRA é utilizada na ornitologia com a finalidade de melhorar a oxidação das aves (Negros e Lizard). Também favorece a digestão e tem uma influência favorável na flora intestinal e estomacal. Estimula nas aves o instinto debicar, aliviando situações de stress.
Este produto provém de autênticos turfeiros e contam exclusivamente com ingredientes naturais (rico em minerais e oligoelementos). Deve ser colocado à disposição das aves para uso livre.
Em Portugal a trufa negra é comercializada com o nome de TERRA MIX (Versele-Laga)

§  … os SPANGLES (desenho dorsal do Lizard) são penalizados quando:
§    As escamas não estão alinhadas
§    Não são visíveis ou inexistentes
§    As escamas estão acastanhadas
§    Quando as escamas não são nítidas
§    Quando as escamas não têm forma de meia-lua
§    Quando apresentam despigmentação

§  … que as PENAS das aves tal como as unhas ou garras, os pelos ou os chifres dos mamíferos e as escamas dos peixes ou dos repteis, são constituídas em 90% por ß-queratina.

§  … o VINAGRE DE MAÇÃ é um produto de eleição para manter os canários em forma, e livres de problemas intestinais e micoses. 10ml por litro de água duas vezes por semana durante todo o ano.

§  … O TANTUM VERDE é um excelente produto usado pelos criadores belgas e holandeses na lavagem das aves para as Exposições. 3 colheres de sopa para ½ litro de água morna.

§  … a MICOPLASMOSI pode tratar das seguintes formas:
§ Tilosina a 20% - 200mg de produto misturado em 1 litro de água.
§ Ossitetraciclina – 2g por cada litro de água.

Boletim Informativo Nº 4

LIZARD CANÁRIO CLUBE DE PORTUGAL
BOLETIM INFORMATIVO Nº 4 - Agosto/2010



INTRODUÇÃO

Com o fim das criações vêm as férias, pelo menos para nós Europeus. Férias merecidas depois de mais um ano de trabalho e de criações das nossas aves. A seguir vem a muda (e as penas a voarem para todos sítios e nós com o aspirador atrás delas) e depois e para terminar o ano, finalmente as Exposições. O LCCP já está a trabalhar na nossa Exposição. Podemos para já adiantar que vai haver algumas novidades quanto ao local, mas isso fica para o próximo Boletim.
Para já o que interessa é desejar a todos aqueles que vão de férias umas ÓPTIMAS FÉRIAS e que regressem com força para mais um ano.


Sumário

1 – Como analisar o standard do Lizard
2 – Como aumentar o tamanho dos canários
3 – Outra papa de criação caseira
4 – Como utilizar o Esb3 a 30%
Os textos são da autoria de:
Carlos Lima - Presidente do LCCP, Juiz de Canários de Porte CNJ/OMJ e Juiz de Canários de Cor CNJ
Luis Filipe Vilas Boas - Juiz de Canários de Porte CTJ/OMJ  
Luis Morais - Tradução para Espanhol.

1 – COMO ANALISAR O STANDARD DO LIZARD

A origem do Lizard é um pouco obscura e foram os ingleses que a reconheceram e os primeiros a aperfeiçoar esta raça de plumagem única com desenhos peculiares em todo o mundo ornitológico.
É um canário de plumagem escura, podendo ser comparado a um canário verde, uma vez que possui o mesmo pigmento verde. Pode-se afirmar que é um canário de fundo amarelo com um pigmento escuro (melânico).
Todos os Lizards devem ser escuros (self dark) sem partes claras excluindo a calota (zona lipocromica).
Tem por base 2 cores:
è Dourado (gold) intenso (buff)
è Prateado (silver) nevado (non frosted) com a cor de fundo amarela, sendo a repartição homogénea do nevado muito importante.
Julgar um canário Lizard ou simplesmente reconhecer um bom exemplar, temos que ter na mente a imagem de um perfeito exemplar.
Criar Lizards para exposição é uma tarefa difícil que exige conhecimentos técnicos da raça (standard) e conhecimento de genética da ave, de forma que os acasalamentos realizados resultem em pleno. Assim deve-se ter em conta:
  
è  Quais os tipos de plumagem
è  O grau de oxidação das melaninas
è  Pureza do lipocromo

Todos estes aspectos influenciam a valorização de um plantel e podem resultar em novos exemplares que obterão melhores pontuações nas exposições.
Um Lizard perfeito, segundo o Standard oficial da OMJ (Ordre Mondial des Juges) tem a seguinte configuração.


DESENHO DORSAL – Spangles (25 Pontos) – Este é o item de maior valorização de um Lizard. É formado por pequenas escamas em forma de meias luas, muito escuras e bem nítidas em relação à cor de fundo, que as separa e perfeitamente alinhadas ao longo do dorso.
Sem dúvida é por esta rubrica que um juiz deve começar a análise de um Lizard, formando desde já o grupo de favoritos à vitória final.
Giuliano Passignani (um dos grandes criadores de Lizards e reconhecidamente um dos grandes juízes internacionais com vários livros escritos) afirma que “… um Lizard sem calota mas com óptimas escamas dorsais e peitorais é sempre um bom exemplar, no entanto um com calota perfeita mas com defeitos no seu desenho dorsal e peitoral, não é um bom Lizard!”.
PLUMAGEM (15 Pontos) – Tem de ser brilhante, consistente e lisa, completamente aderente ao corpo. Os melhores exemplares de plumagem apresentam-se mais escuros com uma total ausência de castanhos.
Nota: Os Lizards são muitas vezes utilizados para melhorarem a plumagem de outras raças de canários de forma e posição.
DESENHO DO PEITO – Rowings (15 Pontos) – São pequenos triângulos (as escamas em forma de meia lua são aqui mais triangulares) ou pequenos “V” largos e escuros que se iniciam sob o bico e olhos prolongando-se até ao início da cauda.
Nota: As fêmeas são sempre melhor marcadas que os machos, principalmente nos prateados.
COR DE FUNDO (10 Pontos) – O amarelo-dourado corresponde aos intensos e o amarelo-palha aos prateados (nevados). Esta deve ser regular e uniformemente distribuída pelo corpo com tonalidade forte, sem interrupções de intensidade da cor, o que dá a esta ave, quando vista à luz solar, um brilho espectacular (os Lizards devem ser julgados à luz natural). É permitida a cor vermelha.
ASAS E CAUDA (10 Pontos) – As asas devem estar bem aderentes ao corpo e serem o mais escuras possível. A cauda deve ser fechada, estreita e curta.
CALOTA (10 Pontos) – Pode-se apresentar de 3 formas possíveis:
·      Calota perfeita – tem a forma oval, nascendo na parte superior do bico, passando sob os olhos, prolongando-se até à base da nuca. Tem a mesma cor que a cor de fundo e não pode apresentar qualquer vestígio melânico.
·      Calota imperfeita – é uma calota que apresenta zonas melânicas. Nestas zonas melânicas deve apresentar os desenhos típicos do desenho do dorso, que têm origem na base superior do bico.
Nota: Alguns Clubes como LCCP, separam uma classe própria para as calotas imperfeitas.
·      Sem calota – Não apresenta qualquer vestígio da calota e tem esta zona totalmente preenchida com os desenhos dorsais desde a base do bico até à cauda sem interrupções.
PENAS DE COBERTURA (5 pontos) – Nas espáduas os desenhos formam molduras de orlaturas negras que cobrem a base das penas e separam umas das outras.
SOBRANCELHAS (5 Pontos) – Situam-se acima dos olhos. Apresentam uma linha de penas negras que as separam da calota e atenuam a forma oval da cabeça.
BICO E PATAS (5 Pontos) – Devem ser o mais negro possível. As unhas claras devem ser penalizadas.
CONDIÇÃO GERAL (5 Pontos) – As aves devem-se apresentar de boa saúde e limpas.
PRINCIPAIS DEFEITOS A ANALIZAR:
Desenho dorsal: Com falhas e sem alinhamento, marcas interrompidas pouco definidas indicam que estamos na presença de um exemplar com pouca qualidade. A presença de feomelanina (penas de cor castanha) deve ser penalizada pois interfere na beleza do desenho dorsal.
Plumagem: Uma plumagem em más condições deve ser penalizada uma vez que esta é a segunda rubrica mais importante. Não deve ser em excesso nem estar desalinhada. Tem de apresentar um brilho natural e não pode ter penas com margens brancas pronunciadas.
Nota: Qualquer pena totalmente despigmentada fora da zona da calota implica obrigatoriamente por parte do juiz uma forte penalização.
Desenho do peito: Nesta rubrica avalia-se a quantidade e a qualidade doo desenhos do peito e flancos. Nas aves intensas (douradas) aparecem em menor quantidade, nos nevados (prateados) o grau de exigência deve ser maior, pois aqui aparecem em mais quantidade, sendo as penalizações atribuídas de forma proporcional. Os que se apresentem sem qualquer marcação, serão penalizados com rigor. É importante relembrar que as marcações devem estar separadas por penas rendilhadas de branco nos nevados (prateados) e da mesma cor do lipocromo nos intensos (dourados).
Cor de fundo: O lipocromo é um item que pode valorizar ainda mais a ave. Tem de ser igual em toda a ave, sem variações da sua intensidade. Acasalamentos mal feitos originam filhotes com uma cor disformemente distribuída, ou menos viva. O factor vermelho, segundo o standart C.O.M. () é permitido. A cor vermelha tem de ser analisada da mesma maneira, ou seja, tem de ser uniformemente distribuída. Em diversas exposições como por exemplo Reggio Emilia, concorrem em classes separadas dos não pigmentados artificialmente.
Asas e cauda: Devem ser bem escuras. Devem ser penalizados os exemplares que apresentem vestígios de cor castanha ou cinza. A cauda não deve estar aberta.
Calota: Uma calota que se apresente 100% perfeita, 0 pontos de penalização. Até 20% de incidência melânica, 1 ponto de penalização. Uma calota que se apresente com mais de um ponto de incidência melânica ou com mais de 20% pode-se penalizar com 2 a 3 pontos.
Penas de cobertura: A orlatura das penas de cobertura despigmentada deve ser penalizada com rigor.
Sobrancelhas: Os Lizard devem apresentar por cima dos olhos uma fina linha de plumas bem negras. Devem ser penalizas quando estas são de cor castanha ou cinza ou quando estão interrompidas.
Bico e patas: Esta rubrica é das mais polémicas num julgamento. Embora o seu valor seja de apenas 5 pontos, a sua importância não é menor, pois trata-se de uma característica marcante desta raça que são as partes córneas bem negras (oxidadas). Em termos de classificação um Lizard que apresente uma oxidação fraca pode ser mais valorizado em relação a outro que tenha uma melhor oxidação. Um juiz quando analisa esta rubrica tem que valorizar indiscutivelmente os exemplares que apresentam uma melhor oxidação (atribuindo a classificação máxima de 5 pontos) penalizando os outros que apresentem uma menor oxidação (atribuindo a classificação de 4 pontos ou em casos extremos 3 pontos).
Tamanho e Condição: Temos de analisar nesta rubrica não só a condição geral da ave como o tamanho e a sua forma. Na parte da condição deve a ave apresentar-se limpa, de boa saúde, sem escamas nas patas e sem sujidades visíveis na plumagem e patas. No tamanho só se deve penalizar exemplares que sejam muito grandes ou muito pequenos, o que é raro aparecer aves fora do padrão dos 12,50 cm. A forma do corpo do Lizard não é um item específico de julgamento, mas que deve ser igualmente analisado. A curvatura do abdómen assemelha-se à curvatura de uma pipa.

Para concluir e em de resumo, os defeitos que surgem com maior frequência nas Exposições são:


2 - COMO AUMENTAR O TAMANHO DOS CANARIOS

Para algumas raças de canários de forma e postura, é muito importante procurarmos aumentar o tamanho do nosso plantel e melhorar a sua forma. Muitos criadores procedem através dos cruzamentos executar esta tarefa, acasalando as aves mais corpulentas. Mas o tamanho é uma característica muito complexa, pois depende de diversos factores:
·      Hereditariedade
·      Alimentação
·      Ambiente
·      Selecção

HEREDITARIEDADE
A característica do tamanho não é apenas controlada por um gene (outras características das nossas aves são controladas apenas por um gene – cor, poupa, etc.), mas sim por um conjunto de genes. Assim se explica o porquê da consanguinidade provocar uma redução do tamanho nas aves (menor diversidade de genes, menor o tamanho) sendo apenas mais um dos motivos para a evitarmos (a consanguinidade apenas pode ser útil quando pretendemos fixar uma mutação). A pouca diversidade dos genes também tem consequências (pelos mesmos motivos) na forma das aves. Deve portanto um criador introduzir novas aves no seu plantel, para manter a diversidade genética. No entanto a aves a introduzir devem ser portadoras do património genético pretendido e que não pertencem à mesma linhagem familiar.
ALIMENTAÇÃO
Deve ser muito rica e variada, evitando a carência de vitaminas, aminoácidos e outros componentes, que também provocam a diminuição do tamanho. A mistura de sementes adquiridas normalmente nas lojas comerciais, são insuficientes pois muitas delas são desequilibradas.
As proteínas desempenham uma função importante nos acasalamentos. A metionina contém o zolfo, melhorando a qualidade da plumagem.
As sementes frescas, o germinado, fruta, proteína animal, e uma papa de qualidade com uma percentagem de proteína entre os 16% a 18% são elementos indispensáveis para obtermos aves de qualidade.
AMBIENTE
 Uma boa higiene e alojamentos espaçosos devidamente arejados, são condições para noa permitir um bom desenvolvimento do tamanho. A experiência demonstra-nos que a criação em espaços grandes (voadeiras) torna as aves mais robustas e com melhor desenvolvimento do seu esqueleto em relação a outras criadas em espaços pequenos, independentemente do tipo de alimentação ministrada. As aves criadas em espaços grandes além de serem mais fortes e robustas têm uma plumagem mais brilhante e sedosa.
Outro pormenor importante é que as aves em comunidade adquirem efeitos estimulantes para uma alimentação plena.
As baixas temperaturas no local de criação produzem nos canários um efeito de aumento substancial do peso, devido estas procurarem assiduamente os alimentos.
Outro factor importante é sem dúvida a iluminação no canaril. Quanto maior o número de horas de luz (dias maiores) mais tempo os progenitores se dedicam à alimentação das crias.
No entanto não nos serve de nada aumentar o número de horas de luz, se não proporcionarmos às nossas aves uma alimentação variada e equilibrada, e o espaço não tenha as normas de higiene mínimas para a criação. Também não nos devemos esquecer que as aves necessitam de um número de horas mínimo para descansarem, e ficarem prontas para outro dia de criação.
SELECÇÃO
A selecção rigorosa e criteriosa das aves de maior tamanho é muito importante. As fêmeas maiores têm tendência a pôr ovos maiores. Um ovo maior é mais rico em reservas proteicas, dando origem a crias mais fortes e resistentes.
Os machos maiores têm já o património genético do tamanho grande para transmitirem às crias.


3 - OUTRA PAPA DE CRIAÇÃO CASEIRA

No último Boletim, demos a conhecer uma papa de criação caseira, “A Polenta” que ainda hoje muitos criadores italianos usam. Como resposta tivemos inúmeros pedidos de outras receitas de papas para canários. Assim e em resposta a esses pedidos aqui vai outra.

Método Julie Etienne (Criador belga de Lizards):
·      6 ovos inteiros
·      200g de pão ralado
·      12 colheres do sopa de papa (comercial)
·      1 colher de sopa de gérmen de trigo
·      1 colher de sopa de levedura de cerveja (pó)
·      1 colher de sopa de Germalyne
·      1 colher sopa de Quikon Forte
·      1 colher de sopa de Vita-Mineral da Natural
·      2 colher de sopa de pólen (abelhas)

Derreter 100g de banha de porco em banho-maria. Juntar tudo e mexer bem. Depois de estar tudo bem misturado, juntar:
·      2 colheres de sopa de óleo de noz (biológico)
·      1 colher de sopa de óleo de gérmen de trigo
·      2 colheres de sopa de Biochol – Oropharma
·      300g de cânhamo reduzido a pó

Mexer bem até ficar uma papa homogénea.



4 - COMO APLICAR ESB3 A 30%

Produto para evitar as coccidioses.
Deve-se aplicar nos reprodutores um mês antes dos acasalamentos.
Dissolver 1g/litro de água e dar durante 5 dias consecutivos seguido de 3 dias a vitaminas. Mais 5 dias consecutivos de Esb3 a 30% seguido de 6 dias a vitaminas.
Para as crias deve-se aplicar durante os dois meses logo após a separação dos pais, ½g de Esb3 a 30% dissolvida num litro de água durante uma semana intervalando com uma semana a vitaminas.